ALPHONSE DE SAINT-VICTOR nasceu em Bruxelas. Ele retornou com sua família a Burgos (Espanha), cidade natal de seu pai, onde abraçou a vida beneditina na abadia de São João, da congregação de Valladolid. Sua ciência e sua virtude o fizeram ser sucessivamente preposto ao governo das abadias de Burgos, de Salamanca, de Madrid e finalmente de toda a sua congregação. Ele foi, além disso, nomeado qualificador do conselho da Inquisição e pregador do rei. Ele ascendeu ao trono episcopal de Almeria em 1652, de onde passou para o de Orense (1654) e finalmente para o de Zamora (1659). Seu zelo pela manutenção da disciplina eclesiástica lhe atraiu provações bastante penosas. Ele se destacou pela importância que atribuía a tudo que concernia ao culto divino. Sua morte ocorreu em 1660.
Afonso de São Vítor era sobretudo muito versado no conhecimento do direito, da ascese, da história e dos costumes monásticos. Ele publicou um estimado comentário da regra de São Bento sob este título: El sol del Occidente, el gran Padre San Benito, principe de todos los monges, patriarca de todas las Religiones; Comentarios sobre su santa Regla, 2 volumes in-folio, o primeiro publicado em Madrid, 1645, e o segundo em Toledo, 1648. Existe também dele um volume manuscrito contendo a biografia de algumas personalidades.
Nicolas Antonio, Bibliotheca hispana nova, Madrid, 1783, t. I, p. 48; Dom François, Bibliothèque générale des écrivains de l'ordre de Saint-Benoît, Bouillon, 1774, t. 1, p. 41; Florez, España sagrada, Madrid, 1817, t. XVII, 2ª ed., p. 186-187.
J. BESSE.