Álvaro Pelágio



ALVARE PELAGE (Álvaro Pelágio), originário da Espanha, entrou para a ordem dos Frades Menores em 1304. Estudou nas universidades de Pisa, Paris (onde ouviu as lições de Duns Scot) e Bolonha. Ele ensinou direito canônico e foi chamado a Avignon para ser o grande penitenciário do Papa João XXII. Foi nomeado bispo titular de Coron, na Acaia, em 1332, e depois, em 1335, bispo de Silves, no Algarve. Faleceu em Sevilha em 25 de janeiro de 1352. Defendeu a autoridade do soberano pontífice contra os erros de Marsílio de Pádua e João de Jandun. Contudo, exagerou essa autoridade, apresentando-a como a fonte do poder dos reis. Santo Antonino, em Chron., III pars, tit. xxiv, c. viii, § 2, também o repreendeu por ter caído no erro dos fraticelli a respeito da pobreza; mas Sbaralea o justifica dessa acusação. Sua principal obra, De planctu Ecclesiæ, foi composta na corte de Avignon entre 1320 e 1330. Foi editada várias vezes: in-folio, Ulm, 1473; Reutlingen, 1474; in-quarto, Nuremberg, 1489; in-folio, Lyon, 1517; Veneza, 1560. O primeiro livro também foi impresso em Roccaberti, Biblioth. maxima pontific., t. III, p. 23-266, in-folio, Roma, 1698.

Sbaralea, Supplementum ad scriptores trium ordinum sancti Francisci, in-fol., Roma, 1806, p. 30; Kirchenlexikon, Fribourg-en-Brisgau, 1886, t. I, p. 667.

A. VACANT.